20150407

O Fruto do Espírito Santos

O DISCÍPULO E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Gálatas 5:22,23



Objetivos:

  1. as virtudes que evidenciam o fruto do Espírito na vida do discípulo.
  2. identificar-se com a vida do Senhor Jesus Cristo.




A nossa vida deve ser uma imitação da vida de Jesus Cristo. Assim, quando nos identificamos com Jesus Cristo, através do batismo, estamos dizendo que, de agora em diante, viveremos como Ele viveu. Essa é a vontade de Deus para cada um de nós! Mas, como pode o discípulo viver de tal maneira que a sua vida seja uma imitação autêntica da vida de seu Mestre? Como pode o mundo ver Jesus Cristo hoje através de seus discípulos? Para responder a essas perguntas é preciso compreender a função do Espírito Santo.
Quando Jesus prometeu seu Espírito Santo, que o mundo não vê nem conhece, falou um pouco da função dEle, especialmente na vida do crente. De acordo com João 16:14 a função do Espírito Santo no mundo é glorificar ao Senhor Jesus Cristo. Tudo que o Espírito faz desde a sua atuação para a conversão do pecador até a capacitação para viver a vida Cristã, tem a finalidade última de glorificar o nome do Senhor Jesus Cristo. 
Quando permitimos que o Espírito Santo controle nossa vida ele produzirá em nós as mesmas qualidades encontradas na vida do Senhor Jesus Cristo, ou seja, Ele O glorificará ao apresentar o Seu o caráter ao mundo através de nós. É isso que a Bíblia chama de fruto do Espírito Santo.
O fruto do Espírito Santo é a evidência da presença e da plenitude do Espírito Santo na vida do crente. É o resultado da união vital do crente com Cristo. Transmite a idéia de crescimento espiritual ordenado e progressivo. O Espírito procura produzir o fruto, reproduzindo Cristo no crente.
Encontramos em Efésios 5:18 a ordem de Deus: "Enchei-vos do Espírito” com a idéia de ação contínua e crescente, para alcançar a plenitude do Espírito e produzir o fruto do Espírito, em contraste com "não vos embriagueis com vinho". No Espírito há edificação, santificação e glorificação a Deus. Na embriaguez há as obras da carne: devassidão, degradação moral e pecado.
O fruto do Espírito não pode ser confundido com o dom do Espírito e os dons do Espírito. O dom do Espírito é a concessão do Espírito. Os dons do Espírito são capacitações especiais que o Espírito confere aos crentes para a 'realização de ministérios específicos na igreja e no serviço cristão. Os crentes de Corinto, embora tivessem o Espírito e os dons do Espírito, eram "carnais”, não podiam receber alimento sólido, eram ainda criancinhas na fé. Paulo mostra-Ihes, conforme I Coríntios 13, um caminho sobre modo excelente, o caminho do amor. O fruto do Espírito é o indicador seguro da verdadeira espiritualidade e da maturidade de que tanto os coríntios necessitavam.
O apóstolo Paulo exorta os crentes da Galácia a andarem no Espírito, a fim de não serem vencidos pelos desejos da carne (Gl. 5:16). A carne e o espírito são opostos, travando um contínuo combate.
A Bíblia nos dá um perfil dos crentes carnais; São criancinhas em Cristo, salvos pela graça, mas que não buscaram ou que recusaram ser transformados e não podem ainda suportar alimento sólido. Andam segundo a carne e não podem agradar a Deus. Não têm amor à Palavra de Deus. Não têm vida de oração. Não testemunham de Cristo habitualmente e, por isso, o seu louvor não agrada a Deus. Não pensam nas coisas que são de cima, mas nas que são da terra. Não morreram para o pecado, e não negaram a si mesmo, nem tomaram a sua cruz para seguir a Cristo. Não se consagraram a Deus. Deixaram-se atrair pelo mundo, e não têm alegria da salvação. O crente carnal produzirá "as obras da carne", enquanto o espiritual produzirá o "fruto do Espírito".
Os Crentes que percorreram o caminho da santificação em direção à maturidade, e à vida abundanteà plenitude do Espírito, consagrando totalmente as suas vidas a Deus, andarão no Espírito e produzirão o fruto do Espírito.
Esse fruto indica a unidade e a coerência da vida no Espírito. Dá a idéia de crescimento e de maturidade espiritual. O fruto apresenta-se através de nove aspectos ou virtudes presentes na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: que o Espírito Santo procura reproduzir na vida do crente. Estão relacionados tanto em Gálatas 5:22-23 como I Coríntios 13:1-7.

I - AMOR (Ágape)

Este é o amor de Deus, na sua forma mais elevada e bela, o amor que O levou a dar ao mundo o seu Filho, Jesus Cristo, e este a se entregar, para a salvação do homem pecador. É o amor altruísta, não egoísta, nem egocêntrico, que ama até os inimigos. Deus o derramou em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm. 5:5). Deve ser orientado para Deus e para o próximo (Mt. 12:30,31). O amor é a base de todo relacionamento perfeito no céu e na terra (I João 4:7-12).
Exemplo em Jesus Cristo: Marcos 10:21 ; João 11 :33-36 ; Lucas 23:24.

II - ALEGRIA

Alegria é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver, a satisfação "no Senhor", independente das circunstâncias. Sua fonte está localizada na graça de Deus. O crente pode ter momento de tristeza, "... pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo" (Sl. 30:5). Mesmo durante as mais duras provações, o crente pode experimentar a alegria.
Exemplo em Jesus Cristo: João 15:11.

III - PAZ

Paz é uma atitude de serenidade, calma, força, tranqüilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito Santo, mesmo na adversidade e nas tribulações. Jesus nos prometeu essa paz; ele disse: "A minha paz vos dou..." (Jo. 14:27). Ela deriva de nossa perfeita confiança em Deus, guarda os nossos corações da ansiedade (Fp. 4:6,7), vem pela Palavra de Deus e devemos buscá-Ia. O crente pode perder a paz temporariamente, mas ela é logo renovada pelo Espírito Santo, mediante a confissão dos pecados, através da oração e pela leitura da Palavra de Deus.
Exemplo em Jesus Cristo: João 14:27 ; 16:33.

IV - LONGANIMIDADE

           Longanimidade é a qualidade dada por Deus que faz o homem ser paciente até na provação. É melhor que a força. O crente é exortado a andar "com longaminidade" e a revestir-se de "Ionganimidade" (CI. 3:12). A irritação, a ira, a vingança, são obras da carne, o oposto da longanimidade. James Crane, em seu livro “O Espírito na Experiência Cristã” (Edição JUERP), citando Thayer, afirma que a palavra significa "a auto-restrição que não responde ou revida apressadamente a um mal feito". Significa paciência para com as pessoas, suas fraquezas, falhas, ignorâncias, demoras e pecados. Literalmente significa ter um longo ânimo.
Exemplo em Jesus Cristo: Mateus 15:15-20 ; Lucas 9:51-55.

V - BENIGNIDADE

Deus é benigno até para com os ingratos e maus (Lc. 6:35). "Mas é de eternidade em eternidade benignidade do Senhor sobre aqueles que temem" (SI. 103:17). A benignidade está associada à idéia de amabilidade, brandura, compaixão e misericórdia. Somos exortados a nos revestir de benignidade. Benignidade envolve "ser" bom, amável (NVI), etc.
Exemplo em Jesus Cristo: Lucas 7:36-50.

VI - BONDADE

Bondade é a generosidade em ação para com outras pessoas. A bondade por sua vez envolve "fazer", "praticar" atos de bondade. Davi conhecia de perto a bondade de Deus em sua vida: "Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida" (SI. 23:6). Diz a palavra de Deus: "Aquele que segue a justiça a bondade achará a vida, justiça a honra" e "o homem bondoso faz bem à sua própria alma" (Pv. 11:17 ; 21:21). A Palavra de Deus ainda nos exorta: "Sede bondosos uns para com os outros" (Ef. 4:32). Jesus em nós é o segredo para a verdadeira bondade, produzida pelo Espírito Santo.
Exemplo em Jesus Cristo: Atos 10:38.

VII - FIDELIDADE

A palavra fidelidade significa confiabilidade total, lealdade absoluta. É a qualidade que torna uma pessoa digna de confiança. O crente deve usar de fidelidade para com Deus e a sua Palavra, bem como para com o próximo. Jesus procura essa qualidade em seus discípulos: "...muito bem, servo bom fie!" (Mt. 25:23). O Senhor é fiel. Ele conclama o crente a ser fiel até a morte.
Exemplo em Jesus Cristo: Fiel à Palavra do Pai (Mateus 26:52-54); fiel à obra do Pai (João 9:4); e fiel à vontade de seu Pai (Lucas 22:42).

VIII - MANSIDÃO

Mansidão descreve o caráter em que a força e a brandura estão juntas. Significa ainda que a humildade, suavidade e gentileza estão presentes. A Bíblia exalta essa virtude: "Mas os mansos herdarão a terra..." (SI. 37:11). A mansidão de Moisés é um exemplo para todos os crentes: "Ora, Moisés era homem mui manso" (Nm. 12:3). O crente é exortado a andar em "toda a humildade e mansidão" e a revestir-se de "mansidão".
Exemplo em Jesus Cristo: Mateus 11:28,29 ; 21.5.




IX - DOMÍNIO PRÓPRIO

Domínio próprio expressa autocontrole, autodisciplina, temperança e moderação. Descreve a força interior pela qual o crente se controla, Toda a nossa personalidade, mente, emoções e vontade devem ficar sob o domínio de Cristo. Todo o nosso corpo, com seus apetites, impulsos, desejos e instintos, deve ser governado por Deus, se quisermos viver uma vida santa. Deve estar presente em todos os crentes: "...empregando toda a diligência, acrescentai domínio próprio..." (II Pe. 1:5,6).
Exemplo em Jesus Cristo: Lucas 23: 6-11; Mateus 26:63-68.

CONCLUSÃO
A maior característica de uma vida na plenitude do Espírito é a manifestação do fruto do Espírito Santo nessa vida. Quando, pela fé, aceitamos nossa posição “em Cristo" como estando mortos para o pecado e vivos para Deus e nos apresentamos a Deus para sermos usados como ­instrumentos de justiça, então, mediante a plenitude do Espírito, o Cristo ressurreto começa a viver sua vida em nós. E sua vida foi o fruto do Espírito em toda sua intensidade.
Que Deus nos ajude a crescermos espiritualmente, em direção à plenitude do Espírito e a produzir o fruto do Espírito em nosso viver diário, para que o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja glorificado.

PROJETOS CONCRETOS DE VIDA

  1. Reflita sobre as virtudes do fruto do Espírito e analise a presença de cada uma delas em sua vida. Em oração, decida o que você pode fazer para melhor cultivar aquelas virtudes que não têm se manifestado constantemente em seu viver.
  2. Memorize os nomes dos livros da Bíblia de Gênesis a Deuteronômio e Gálatas 5:22,23.
  3. Aproveite os seus relacionamentos para colocar em prática as virtudes do fruto do Espírito Santo.
  4. Compartilhe com outros a importância de viver o fruto do Espírito Santo.
  5. Nesta semana, leia e medite nas seguintes passagens:

1° Dia: Mateus 5:1-16                                5° Dia: Romanos 8:1-17
            2° Dia: João 15:1-11                                  6º Dia: I Coríntios 13:1-13
            3° Dia: Atos 4:1-13                                     7º Dia: Efésios: 5:1-21
            4° Dia: Romanos 6:1-13
                                                                            



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